top of page
Home Office, obra de Henrique Montagne, 2020

Home office, detalhe.

Home Office

Fotografia

Impressão em pigmento mineral s/ papel algodão

46 cm x 55 cm

2020

O artista explora através de uma fotografia de natureza morta, um corpo ausente/presente de um profissional em seu ambiente de trabalho, este corpo o artista direciona a ser um corpo masculino queer que busca sobrevivência e autossuficiência através do uso do próprio corpo, assim retratado em contraponto pelo vazio onde o corpo é sugerido. O artista busca trazer as relações da massificação e das vivências de homens gays/bissexuais na indústria pornográfica ou de conteúdo adulto na internet, desde a pandemia da covid-19, algo que se intensificou rapidamente, assim como termo e a atuação 'Home Office' (Trabalho de Casa) nos mais sistemas e atuações profissionais no capital.

O próprio artista utiliza de seu home office e atelier pessoal para trazer uma relação desta construção conceitual com o seu próprio trabalho de arte, que foi associado a pornografia e censurado diante de trâmites discriminatórios velados e sutis institucionais de um antigo patrocinador, e sendo alvo de juízes virtuais por uma sociedade heteronormativa. Na frase em destaque no monitor "I DO PORN" (Eu faço pornô), observa-se uma conotação irônica que o artista estabelece justamente entre a pornografia e a arte. Logo refletindo qual o papel do corpo para a arte e do corpo para o pornô, trazendo debates em torno desta conexão que se estabelece entre ambos, a existência de um corpo que vive e sobrevive, que performa, que instiga e comove seus observadores.

bottom of page